23 junho, 2015

ENTENDA UM POUCO MAIS DAS ANTENAS

ENTENDA UM POUCO MAIS SOBRE AS ANTENAS

Invisíveis para nós, as ondas eletromagnéticas percorrem o ar carregando o sinal que leva e traz ligações telefônicas e conexão de internet para nossos celulares.
E elas viajam graças às antenas que vemos distribuídas por aí. Sabemos que muitas pessoas têm várias dúvidas sobre o funcionamento delas e juntamos aqui respostas que vão jogar uma luz sobre o tema.

Por que existem tantas antenas?
Graças às antenas (também conhecidas por ERBS – estações rádio base) que todos falamos ao celular. Quanto mais gente falando e navegando, mais antenas precisam ser instaladas, para que todos tenham sinal a todo o momento e de qualidade. Com a chegada do 4G (e a previsão do aumento do tráfego por celular de 74 Mbps para 778 Mbps), precisamos de mais antenas ainda. Hoje em dia, há 60 mil delas distribuídas pelo país (segundo a Telebrasil / Teleco).

Como o sinal chega ao meu celular?
As ondas são captadas por antenas e transmitidas para uma central. Nela, as chamadas são processadas, a conexão é feita com a rede fixa de telefonia e outras centrais e várias outras funções. A chamada segue então – por meio de cabo de fibra óptica, cabos de cobre ou ondas de rádio – para outra central, onde é encaminhada para outra antena. Por fim, esta última antena envia o sinal para o celular que recebe a ligação.

Quais são os tipos de antenas mais conhecidas?
Hoje em dia, existem os mais variados tipos: as mais conhecidas são as Torres Tradicionais instaladas em grandes terrenos. Existem também as Roof Tops, que ficam no topo de prédios, são construídas duas vezes mais rápido e são alimentadas por energia elétrica. Ambas são de construção mais trabalhosa e demorada – cerca de 90 dias.

O que as antenas mais novas têm de diferente?
Existem as Híbridas, alimentadas por fontes renováveis como placas solares, hélices movidas a vento, banco de baterias e até motor reaproveitado de caminhão a óleo diesel. Estas últimas identificam quando o combustível acaba e alternam para outra fonte, ajudando assim a preservar melhor o Meio Ambiente. Já as do tipo Sencillo são menores, aproveitam os postes de iluminação na rua, usam a rede elétrica local e poluem menos visualmente. Por fim, temos as Sustentáveis, que podem usar tanto postes de iluminação quanto instalações de telefone público (orelhões). Elas usam a rede elétrica, têm tamanho bem reduzido, suas caixas de componentes ficam embaixo da terra e a estrutura é construída em apenas cinco dias. Oferecem tão pouca poluição visual que são quase imperceptíveis para quem está passando. São soluções inovadoras que já estamos implementando em várias regiões urbanas.


Pode instalar antenas em qualquer lugar na cidade?
As normas variam por cidade, mas no geral não é permitido instalar antenas perto de escolas, hospitais e presídios. Também existem restrições em certas áreas públicas como praças e parques, lugares de interesse histórico, cultural, turístico, de preservação ambiental, etc. Há várias regras sobre a distância mínima entre antenas, sua altura, relação com trânsito nas ruas e tráfego aéreo.

Quem controla a instalação de antenas?
A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) regula e fiscaliza a parte técnica e dá a licença de funcionamento de cada antena. As Prefeituras controlam como o solo é utilizado. Quando é preciso, as operadoras conversam com donos de imóveis, suas administradoras e moradores (se houver estes últimos).

É verdade que moradores ganham com a instalação?
Sim, as operadoras alugam espaço no prédio – seja comercial ou residencial – então os valores podem ser usados para reduzir o condomínio, por exemplo. Engenheiros fazem cálculos para ver quais locais estratégicos deverão ter antena, para aumentar a rede de cobertura. Depois de identificados os locais, os moradores decidem em assembleia se autorizam a instalação e assinam o contrato.

Antenas de celulares fazem mal à saúde?
Não, as antenas de comunicação móvel – instaladas em prédios ou qualquer outra localidade – espalham emissões em níveis inferiores aos recomendados pela Anatel e pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Além disso, elas apenas são instaladas depois de atenderem aos requisitos exigidos e autorização por licença. Regularmente são feitos monitoramentos para garantir que os valores não aumentem além do limite. A frequência usada é tão baixa – e, portanto, inofensiva – que, hoje em dia, as antenas precisam estar cada vez mais próximas uma das outras.

Mas dizem que antena de celular dá dor de cabeça, é verdade?
Não é verdade. Qualquer emissão eletromagnética – até a radiação solar que absorvemos quando nos bronzeamos – pode ser prejudicial em excesso e com muita intensidade. Mas as ondas eletromagnéticas das torres de celular operam dentro dos limites que a lei exige. Não existem estudos científicos conclusivos que liguem as emissões de antenas celulares a quaisquer doenças. Elas estão dentro das normas estabelecidas pela OMS e são em um nível ainda mais baixo que o usado em outras transmissões. Quer saber quais? Compare:
Celular - 20 W
Rádio FM – 10.000 W
TV - 50.000 W
Rádio AM – 100.000 W
Incrível, não? Caso estas ondas fizessem mal, ouvir o jogo de futebol na rádio AM seria mais prejudicial que falar ao celular. Todas estas radiações são não-ionizantes, ou seja, não possuem energia suficiente para alterar o material genético e danificar o corpo humano. O raio X hospitalar, por exemplo, é uma radiação ionizante – por isso, usa-se proteção quando vamos fazer algum exame.
O professor René Mendes, médico especialista em Saúde Pública e Medicina do Trabalho, sabe o quanto a dúvida gera mitos. “Por ser invisível aos olhos do ser humano, o universo das radiações sempre causa preocupação. E a atitude de cuidado e precaução é sempre bem-vinda. Mas, no caso das antenas de telefonia celular, predomina o entendimento de que não haveria risco para a saúde humana”.
Segundo ele, “A 10 metros da antena, os níveis de densidade de potência podem ser considerados desprezíveis do ponto de vista do risco para a saúde”; então, quanto mais nos afastamos, mais fraca ainda esta energia fica.

Dizem que mais de uma operadora pode usar a mesma antena de celular.
Pode acontecer, sim. Em muitos casos, se há limitações de espaço, duas operadoras podem ter equipamentos que enviam sinais pela mesma antena. Ou cada operadora tem sua antena e cabos próprios em uma mesma torre.

Ouvi falar que as antenas 4G derrubam o sinal 3G.
Não é verdade, pois cada rede usa uma frequência diferente. As redes até 3G operam na faixa de até 2.100 MHz e a rede 4G funciona na faixa de 2.500 GHz.
Quer saber mais sobre as nossas antenas e como elas vão nos deixar cada vez mais conectados? Assista a este vídeo especial do Inova, nosso programa que sempre traz novidades tecnológicas:

Veja também mais sobre o assunto em:
http://www.sindiconet.com.br/12600/Informese/Coluna-De-Olho-no-Mercado/Aluguel-para-antena


Nova Leia das Antenas http://glo.bo/1IUzld6